Professores recordam 30 de agosto com passeata em Curitiba

Os professores da rede estadual do Paraná realizam ato neste dia em recordação ao 30 de agosto, dia em que o ex-governador Álvaro Dias (PSDB) agrediu a categoria com bombas e cavalos. A mobilização ocorre também para que o governador Beto Richa (Beto Richa) enfim coloque em prática o piso nacional do magistério, além de atender a pauta dos professores. A manifestação é organizada pela APP-Sindicato e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).


Ontem, 29, após o TCE afirmar que as despesas com o funcionalismo não impediam o cumprimento da lei do piso federal, os deputados votaram a lei, que foi sancionada no mesmo dia pelo governador. No entanto, a pressa de Richa não desmobilizou cerca de 5 mil pessoas presentes na Marcha. A presidente da APP-Sindicato Marlei Fernandes destacou que muitos itens da pauta dos trabalhadores ainda não foram atendidos pela gestão Richa e Flávio Arns. “A categoria está indignada. O governo prometeu vários itens e vem adiando as negociações. A assembleia vai tirar calendário de mobilização e estado de greve”, destaca Marlei. 


Presente à marcha, a vereadora Josete recordou que Curitiba também não cumpre o piso nacional do magistério para os educadores e para os professores. “Em Curitiba não dá pra utilizar a desculpa da falta de orçamento. Somos o quarto PIB do país e ainda estamos longe de atingir o limite da responsabilidade fiscal. O que falta é vontade política deste grupo”, esclarece Josete.


Precedente
O governador Beto Richa não assinava a lei do piso alegando que o TCE havia proibido elevar os gastos com funcionalismo público. No entanto, após consulta do deputado Lemos, o Tribunal disse que os gastos não impedem o cumprimento da lei do piso. Para o Sismuc, esse é um importante precedente para que políticos não encontrem mecanismos financeiros de pagar reajustar o salário dos trabalhadores. “A decisão do Tribunal é muito importante, pois mostra que a valorização da educação depende mais de vontade dos políticos do que falta de dinheiro em caixa. Compromisso e vontade que falta ao prefeito Luciano Ducci, que não paga o piso aos educadores, nem respeita a hora permanência”, contextualiza a educadora e diretora do Sismuc Cáthia Regina Almeida.