Servidores das universidades federais aguardam posicionamento do governo

Milhares de servidores em greve ocupam nesta semana a Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Segundo dados da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), 12 mil pessoas estão na manifestação, representando mais de 30 setores paralisados no país todo.

Há mais de dois meses em greve, servidores técnico-administrativos das universidades federais se reuniram ontem (15) com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) para mais uma rodada de negociações. Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Paraná (Sinditest-PR), a negociação avançou em alguns pontos importantes em relação à carreira. A reunião, entretanto, foi suspensa e deve ser retomada às 19 horas de hoje (16).

Neste intervalo, os sindicatos regionais aguardam para tomar uma posição. “Nós ainda não recebemos uma proposta para ser votada. Na terça-feira (21) nós faremos uma assembleia, já com a proposta de hoje, para decidirmos os rumos da nossa paralisação”, explica Carla Cobalchini, diretora do Sinditest-PR.



O ponto mais difícil da negociação é o reajuste salarial. Os servidores técnico-administrativos reivindicam reajuste linear de 22%.  A contraproposta foi de 15% parcelados em três anos, recusada pela categoria, representada pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra).


Professores reivindicam retorno à negociação


Os docentes das federais, em greve há três meses, se reuniram com senadores nesta quinta para reivindicar o retorno às negociações. Na semana passada, o governo assinou um acordo apenas com a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) e deu as negociações por encerradas. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), o sindicato com maior representatividade da categoria, não aceitou a proposta.


Antes da reunião, os docentes realizaram uma passeata na Esplanada. De acordo com o Andes, cerca de 300 professores estiveram presentes.