Falta de remédio para servidores compromete lei municipal

Todo servidor da Prefeitura de Curitiba com doença grave têm direito a remédio gratuito. Este é um princípio garantido pela lei municipal 8.786/95, a partir da qual são distribuídos medicamentos que podem ser retirados em redes de farmácias credenciadas. O problema é quando remédios que não poderiam faltar para pacientes não estão disponíveis para a distribuição. O remédio Selozok, por exemplo, necessário para o tratamento de doença do coração, é um dos que não figuraram no estoque na semana passada.

A causa, segundo alegado por representantes da Farmácia das Nações, credenciada pela Prefeitura, estaria na redução da produção do remédio, fabricado pelo laboratório Astrazeneca, com sede na Suécia. A informação foi ratificada pela assessoria de imprensa do laboratório no Brasil. No entanto, o Selozok pode ser encontrado facilmente em qualquer outra farmácia da cidade. 

A servidora municipal Ana Maria Leite, 48 anos, vítima de um AVC, consome uma caixa do remédio por mês. Segundo ela, ao procurar o medicamento na unidade do Novo Mundo, da Farmácia das Nações, na semana passada, foi informada de que não havia o medicamento em estoque. Orientada a comprar o remédio e trocar a nota fiscal pelo dinheiro, posteriormente, ela achou o medicamento em várias outras farmácias.


Uma filial de outra rede de farmácias no centro da cidade, por exemplo, conta com mais de 10 caixas do mesmo remédio ao custo de R$ 39,90. Segundo a farmacêutica-bioquímica do ICS Ana Karina Saad, a falta de medicamentos é comum na rede credenciada. Ela acredita, porém, que o problema foi a baixa produção do remédio. Segundo informado pela assessoria da Astrazeneca, a situação deve ser normalizada em setembro.