Nesse fim de semana, estudantes e membros do movimento SOS Floresta fizeram protesto na Boca Maldita contra o novo Código Florestal. Eles querem que a presidente Dilma Rousseff vete todo novo código aprovado pela bancada dos ruralistas. Dilma tem até o dia 25 de maio para tomar uma decisão.
A campanha “Veta, Dilma” e “Veta Tudo Dilma” ganhou força nas redes sociais. Ela teve início em agosto de 2011, quando ONGs usaram a intener para conscientizar o público leigo sobre o projeto que altera o Código Florestal. Durante as votações, os ativistas faziam vigília e colocavam especialistas para explicar, online, os pontos polêmicos dos textos, como a questão da anistia aos desmatadores. Em outubro, foi lançada a campanha “Floresta Faz a Diferença” (#florestafazadiferenca), encabeçada pelo Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, uma coalizão formada por 163 organizações da sociedade civil.
O veto de Dilma ao novo código florestal passa do debate sobre as florestas. De um lado, está a bancada ruralista que “mesmo perdendo” a eleição junto com o projeto Serra, tenta mudar a lógica da proteção ao meio ambiente. Do outro está a força dos movimentos sociais que apoiaram a eleição de Dilma e a mobilização das redes sociais, recente fenomemo de formação de opinião pública. Nesta queda de braço, personalidade como os atores Wagner Moura, Alice Braga e Rodrigo Santoro e a modelo Gisele Bündchen estão do lado do veto. Eles pousaram com cartazes pedindo o veto. Além deles, a atriz Camila Pitanga, durante cerimônia que concedia o título de doutor honoris causa ao ex-presidente Lula (4 de maio), quebrou o protocolo oficial e pediu: “Veta, Dilma”. O pedido virou trending topics no Twitter, mas foi “esquecido” do noticiário do Jornal Nacional, da Rede Globo, mesmo a atriz sendo do seu quadro de funcionários.
A presidenta Dilma tem até o dia 25 de maio para decidir se sanciona, veta parcialmente ou veto todo novo código Florestal. Em caso de veto, os congressistas podem derrubar o veto e manter as alterações que fizeram, mesmo desagradando os movimentos sociais.