Trabalhadores do Cras e Creas cobram mesa sobre gratificação

 Após dois dias de protestos, os trabalhadores do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CRAS) conseguem que a direção da FAS assumisse o compromisso de tentar antecipar a pauta específica da assistência social, inclusive sobre a gratificação de 30%. A pauta estava marcada para o dia 29, data considerada muito perto do prazo limite que a justiça eleitoral determina para alterar leis. Os trabalhadores querem antecipação para o dia 23 e já defendem ações mais intensas se a negociação não for antecipada.

Nos dois dias, os trabalhadores destacaram que a Prefeitura acabou com a isonomia na Fundação com a lei municipal 13.776. “Nós cansamos da protelação. A isonomia é nosso direito. É dar direito a quem vai ensinar o outro a buscar seus direito”, compara a servidora Raquel dos Santos. Para Alessandra Oliveira, secretária de comunicação do Sismuc, os seguidos adiamentos de mesa de negociação demonstram desrespeito ao trabalhador: “A presidente Marry Ducci devia ter vergonha de receber prêmio em nome dos trabalhadores e não receber esses mesmos trabalhadores para debater a gratificação de 30%”,completa Oliveira. 


A direção da FAS havia assumido o compromisso de estudar a distorção em julho do ano passado, mas pouco fez até aqui. Agora, segundo assessora técnica da FAS Simone Camargo Nadolni a tentativa de antecipação será feita na manhã de quarta-feira (21). “Eu vou fazer a tentativa de antecipação do dia 29. Vou conversar com a Lia Nara (RH) amanhã de manhã”, assumiu Naldoni.


Caso a antecipação não ocorra, os servidores da assistência social podem intensificar suas ações. “Os trabalhadores querem a conversa porque a promessa foi feita pela FAS e é da instituição que queremos um posicionamento sobre a gratificação”, define Ana Paula Cozzolino, secretária geral do Sismuc.


Mobilização
O Sismuc vai realizar assembleia específica para os trabalhadores da Fundação.O objetivo é avaliar se houve antecipação de mesa e mobilizar os trabalhadores para eventuais paralisações. “Os trabalhadores devem pensar que pertencem a FAS e podem a qualquer momento serem transferidos de um equipamento para o outro ganhando ou perdendo a gratificação. Portanto, todos devem estar unidos para que a gratificação seja geral e não discriminatória”, alerta Alessandra Oliveira.