O futuro Instituto Curitiba de Saúde (ICS) continua sendo uma incógnita, mesmo depois da sua transformação em plano de saúde. Pelo menos esta é a conclusão da diretoria do Sismuc, após a reunião de negociação realizada hoje (16), no edifício Delta. A mudança do regulamento prevista pela administração municipal no ano passado continuam em suspenso. É o caso, por exemplo, do fim da obrigatoriedade da contribuição, mudanças nas regras de atedimento e multas por não comparecimento, demonstrando uma falta de coerência e de certeza dos gestores sobre o destino do instituto.
A presidente do instituto Ana Luísa Schneider reconheceu que existem problemas e que não existem impedimentos para que o ICS se torne autarquia, como vem sendo defendido pelos servidores. Mas acabou negando as pautas históricas da categoria. Dentre as principais questões rejeitadas pelos representantes da Prefeitura estão a democratização da gestão a partir da paridade nos conselhos administrativo e fiscal do ICS e a eleição direta para a diretoria do instituto.
Um dos assuntos cobrados pelos diretoretores do Sismuc é quanto à precarização do atendimento, sobreduto no que diz respeito à saúde mental. Parte do problema, segundo Schneider, seria o rompimento dos convênios com o Hospital Cajuru, Saúde Ideal e Hospital Nossa Senhora da Luz. Ela afirma que está tomando providências para resolver a situação, mas até o momento os servidores continuam sem o atendimento.
O único compromisso positivo da administração é quanto ao valor da alíquota de 3,14% cobrado dos servidores, que permanecerá com o mesmo percentual.
A negociação de hoje contou também com a participação de representantes do Sismmac. As questões presentes na pauta de reivindicações não foram concluídas e uma nova reunião será agendada para tratar dos demais assuntos, inclusive no que diz respeito ao IPMC.