Greve de motoristas e cobradores de ônibus por melhores salários

 Os motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba e região metropolitana paralisaram suas atividade hoje, a partir das duas horas da manhã. Com isso, terminais de ônibus e pontos ficaram vazios, uma vez que a frota de ônibus estava toda no pátio das empresas. A greve é por motivos salariais. 

Após negociações com o sindicato patronal, os funcionários recusaram, em assembleia realizada na Praça Rui Barbosa na noite de segunda-feira (13), a proposta do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp). A estimativa do sindicato é que mais de três mil pessoas tenham comparecido à assembleia desta segunda-feira. De acordo com o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, o sindicato patronal apresentou uma proposta de 7% de aumento total – aproximadamente 1,37% acima das perdas da inflação. Os trabalhadores exigem 40% de aumento. “Essa proposta de 7% é uma vergonha”, classifica Teixeira. Ele garante que a categoria não vai aceitar um reajuste abaixo de 10,3%, valor que, segundo o Sindimoc, foi negociado com os metalúrgicos no estado.


Tarifa
O resultado dessa negociação pode ter impacto direto no preço da passagem de ônibus de Curitiba, que pode subir durante o carnaval para evitar protestos. A tarifa técnica é a base de referência tanto para a remuneração das concessionárias quanto para o estabelecimento do preço da passagem. Hoje, a passagem de R$ 2,50 estaria defasada em seis centavos e, no próximo reajuste, poderia chegar a R$ 2,68, de acordo com estudo do sindicato patronal (Setransp). 


No entanto, o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconô¬¬micos  (DIEESE), Sandro Silva, diz que o preço da passagem ao consumidor é uma decisão mais política do que técnica.