Cerca de 60 servidores públicos municipais varreram a calçada em frente à Prefeitura de Curitiba, na tarde desta quarta-feira (28). O ato dos “excluídos da saúde” foi promovido após o prefeito Luciano Ducci mostrar sua maneira de fazer política – no começo desta manhã, todo o centro cívico foi cercado por mais de cem policiais, com direito a viaturas do batalhão de choque e tudo mais para acabar com acampamento dos excluídos das 30 horas.
A ação simbólica de varrer a sujeira incrustada na PMC foi organizada pelo Sismuc e faz parte da mobilização de greve dos servidores da saúde que chega ao seu 23º dia diante da intransigência de Luciano Ducci, que prefere mandar aparato policial em vez de dialogar e negociar.
Por mais estranho que pareça, os servidores estavam proibidos de “parar” em frente ao prédio da prefeitura. Caso isso ocorresse seriam acusados de dar continuidade ao acampamento e descumprimento da liminar da Justiça. A polícia ficou fazendo “ronda” para garantir.
Contra-senso
Para o Sismuc, o prefeito tenta acabar com o direito dos servidores em relação à isonomia, data-base, que garante o reajuste da inflação, e agora o direito de livre manifestação e de ir e vir dos excluídos das 30 horas. Postura que remete ao tempo da ditadura. “Ele (Ducci) fala que a gente atrapalha a entrada da prefeitura, mas foi ele mesmo que mandou fechar a entrada”, destaca Alessandra Claudia de Oliveira.
Novo ato
Nesta quinta-feira (29), novo protesto. Desta vez a concentração ocorre na Praça Santos Andrade, partir da 9 horas.