Os sindicatos de Curitiba e do Paraná se unem para combater proposta de emenda à lei orgânica do município que interfere na organização sindical do Sismuc e Sismmac. Segundo proposta, os sindicatos teriam as liberações suas liberações reduzidas drasticamente, dizendo que diretores serão liberados, em que período esses diretores ficam liberados e quem vai ser liberado, sufocando o trabalho de base e evitando que os trabalhadores possam ser defendidos. Para os dirigentes sindicais da CUT, Força Sindical, Intersindical, a ação da prefeitura atinge a todos os sindicatos, seja ele privado ou público.
Para os sindicalistas, a agressão à organização do sindicato tem efeito direito na qualidade de vida e de trabalho dos cidadãos. “É um ataque ao movimento sindical que não é por acaso, pois os sindicatos são de luta e têm mostrado que governos querem acabar com direitos dos trabalhadores”, disse Marisa Stédile, secretária geral da CUT. Pensamento semelhante de Jamaica, representante da Força Sindical presente na plenária: “Quando atacam o servidor público, eu vejo um ataque aos nossos metalúrgicos, pois também são trabalhadores e utilizam os serviços públicos”, destaca Jamaica.
A resposta do Sismuc e Sismmac já está sendo feita e conta com apoio dos maiores sindicatos do Paraná e centrais sindicais. Os dirigentes vão fazer visitas aos vereadores para explicar que a emenda 32 agride a democracia. “Queremos saber dos vereadores, eleitos democraticamente, porque querem reduzir o papel de representação que o Sismuc faz em nome dos servidores”, pergunta Marcela Bomfim, presidenta do Sismuc. Os sindicatos também assinam manifesto que será divulgado à imprensa, à população e nas redes sociais em que combatem a perseguição aos sindicatos municipais de Curitiba. “É necessário que todos os sindicatos combatam esse atentado contra a organização sindical”, expõe Gabriel Conte, diretor do Sismmac.
Perseguição ao sindicato é histórica
Durante a plenária, Marilena Silva, ex-presidente do Sismuc, lembrou que em 2006 perseguições a organização sindical também ocorriam, demonstrando que é uma postura do atual grupo político no poder. “Infelizmente, não nos surpreende essa postura. Em 2006, os diretores eram ameaçados de exoneração, entre outros”, lembra Marilena. Atualmente, o diretor Eduardo Recker Neto ficou três meses sem salário, mesmo estando liberado para atividades sindicais. “Eles fazem isso para desestabilizar emocionalmente e financeiramente os diretores”, explica Marcela Bomfim, presidenta atual do Sismuc.
Para Alessandra Oliveira, diretora de comunicação, a perseguição ocorre porque o sindicato tem mostrado aos servidores e a população os problemas gigantescos da cidade. “Não debatemos apenas salário. Nós mostramos que os servidores não são valorizados e que a população tem sido abandonada e isso incomoda quem faz o discurso de que tudo é lindo e maravilhoso”.
O Sismuc tem 10 diretores liberados atualmente. Todas as liberações ocorreram ao longo dos 23 anos do Sismuc em que outras perseguições foram realizadas e que o agora o prefeito tenta regulamentar através de uma canetada.
Entidades presentes na plenária
Sismuc;
Sismmac;
Sindisaúde;
mandato da vereadora professora Josete;
mandato do vereador Pedro Paulo
App-Sindicato;
CUT-PR;
FORÇA SINDICAL;
Sindipetro PR/SC;
CNTE;
Sinsep;
FETEC
Sindipol;
Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região;
Sindiurbano;