Sismuc participa de curso sobre comunicação e hegemonia

Sindicalistas discutem as transformações no campo e na forma de se comunicar em busca da liberdade dos trabalhadores.

A luta dos trabalhadores está viva em um mundo em ebulição. Agora, como pressionar os patrões, as chefias e a mídia e como manter o ânimo dos trabalhadores em busca de conquistas? Essa foi a provocação feita por Vito Giannotti, membro do grupo diretivo do NPC. Neste ano, os debates do curso, realizado no Rio de janeiro, giram em torno de formas de se comunicar e disputar a hegemonia com a burguesia. O Sismuc participa do curso com a presença de três diretores, que trocam experiências com outros sindicatos do Brasil, do Paraná (Sindicato dos Bancários, Correios, Senge,Sismmac e Sindijus) e com os movimentos sociais.
 
O 17º Curso Anual do NPC (Núcleo Piratininga de Comunicação) tem como objetivo abordar como a grande mídia manipula as informações e de como os trabalhadores podem se organizar para se comunicar entre si e com a população em geral. Para isso, neste primeiro dia, os palestrantes Mauro Luis Iasi, Adelaide Gonçalves e Virgínia Fontes abordaram ‘A comuna de Paris’ e seus efeitos em 140 anos de existência. Eles contam como foi a organização dos trabalhadores e como ela enfrentou a opressão do mundo capitalista: “Entre a classe trabalhadora não há estrangeiros”, uniu Virginia Fontes. “Esse debate é histórico e reascende a chama da luta da classe trabalhadora. Foi um processo de revolução que deve ser lembrado constantemente”, disse Alessandra Oliveira, diretora de comunicação do Sismuc.
 
Depois da Comuna, o segundo tempo dos debates se concentrou no papel da mídia no século XXI em um mundo em ebulição. “A mídia disputa o jogo do controle da informação diariamente. Ela quer apitar o que pode ser publicado ou não, conforme seu interesse, e com isso impedir qualquer indignação do povo ou estimular seu conformismo”, compara Manoel Ramires, jornalista do Sismuc.
 
Amanhã, o curso aborda as diversas maneiras de os sindicatos se comunicarem com suas categorias e realizarem a formação sindical. “A importância deste debate é a troca de experiência entre diversos movimentos sociais e sindicais para que assim possamos aprimorar a comunicação sindical para nossas bases”, ressalta Eduardo Racker Neto, que participa do coletivo de formação sindical da CUT-PR.