A mudança na contratação dos trabalhadores que atuarão no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Curitiba, é mais uma questão mal explicada pela prefeitura. Os contratos já assinados para concessão de profissionais para atender nos Centros de Urgência e Emergência (Cmun’s), já prevêem que os hospitais conveniados cedam profissionais para atender nas ambulâncias. Os últimos contratos, assinados em 19 de outubro de 2010, pela secretária de saúde Eliane Chomatas, determinaram um gasto público de R$ 8,2 milhões com a terceirização na saúde, R$ 2 milhões a mais que em 2007.
No novo contrato assinado com a Ecco, será feito um repasse de R$ 5,8 milhões dos cofres públicos para a empresa, para os próximos 12 meses, conforme divulgado no jornal Gazeta do Povo.
“O que precisa ser esclarecido é se esses hospitais que hoje já recebem dinheiro para realizar o trabalho no Samu continuarão recebendo os mesmos valores”, pergunta a secretária de assuntos jurídicos do Sismuc, Irene Rodrigues. “O Sistema Único de Saúde em Curitiba já paga um valor muito elevado para que estes hospitais particulares realizem o serviço, contratando de forma precária muitos trabalhadores para atuarem na saúde. É preciso que todos estes contratos sejam revistos”, completa.
Outra questão é quanto à qualidade do serviço prestado. “Hoje, terceirizado, o serviço não está funcionando direito. O que precisa ser feito é mudar este modelo de gestão terceirizado. O município tem que assumir sua responsabilidade, garantindo um atendimento adequado e com servidores públicos concursados”, defende Irene.