O núcleo de ensino do Boa Vista foi obrigado a pagar as horas extras aos educadores do CMEI Bracatinga. O acerto de contas deve ser feito no pagamento de outubro. As horas extras foram cobradas pelo Sismuc após denúncia. Relatos contam que educadores registram no “caderninho da diretora” mais de 80 horas. O núcleo ainda se comprometeu de que não haverá mais banco de horas nesta unidade e em outras também. O sindicato seguirá fiscalizando essa situação e possíveis assédios aos educadores.
O compromisso com as horas extras dos educadores foi informado durante reunião da direção do núcleo com diretores do sindicato na manhã de quarta-feira (28/09). A diretora do núcleo Sandra afirmou que está sendo feito o levantamento de todas as horas extras: “Nós vamos zerar isso. Não pode haver banco de horas no Bracatinga e nem em outro CMEI”, sentenciou Sandra. Já Juliano Soares, diretor do sindicato, destacou: “Esperamos que os educadores passem há anotar as horas devidamente na folha ponto”. Além disso, o sindicato defende que a secretaria de educação e os núcleos estabeleçam um teto paras as horas extras.
O Sismuc também cobrou que não fosse descontada da permanência dos educadores em possíveis idas ao médico para retirar LTS. O advogado do Sismuc Ludimar Rafanhim esclareceu: “Não pode suprimir a permanência por causa do LTS” (Na lei 12348/07 não existe previsão de que quem se afasta para tratamento de saúde seja punido com perca de hora permanência). A diretora do núcleo concordou. Sandra afirmou que não há orientação para que a direção do CMEI proceda com o desconto.
Já o diretor Educardo Recker afirmou que o caso do Bracatinga é exemplar para todos os centros infantis. “Esses erros cometidos pela direção do CMEI não podem se repetir e o sindicato estará fiscalizando de perto”, se comprometeu Eduardo.