As revoltas no mundo árabe e a intervenção da OTAN

Muamar Kadafi se tornou o caso mais emblemático das revoltas nos países árabes, a mídia insiste que tais revoltas são por democracia, mas o que realmente esta acontecendo em tais países?

Para se entender tais manifestações nestes países deve-se deixar de lado nossos valores ocidentais de certo e errado, bem e mal, pois não se aplica nem a governos ou revoltosos em tais países, com mentalidade e valores diferentes dos ocidentais.

 A Líbia de Kadafi é apenas um dos países atacado militarmente por França, Inglaterra e Estados Unidos, monopoliza as atenções neste momento, mas não se fala que na Arábia Saudita e no Catar, governos aliados dos Estados Unidos têm Insurreições tão ou mais revoltosas que na Líbia, com um ditador tão ou mais centralizador que Chávez, Fidel ou Putin, porém no caso saudita se fala muito pouco sobre seu déspota. 

Mesmo com toda falta de liberdades e centralismo de poder a Líbia tem índice de educação melhor que o nosso, menos pobreza e desigualdade social quando comparado ao Brasil segundo a ONU. A revolta devesse a centralização de poder nesses países e em outros como Síria, Iemã, Emirados Árabes Unidos e mais um punhado de países.


Por sua vez, os países ocidentais e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) liderados por Estados Unidos, França e Inglaterra intervém militarmente na Líbia, embora necessitem de ajuda para depor Kadafi a intervenção justificada por direitos humanos e por uma democracia no poder tem como fim o petróleo líbio que é riqueza fundamental para soberania do povo deste país assim como foi no Iraque, mesmo com boas intenções os balanços passados das expedições ocidentais impedem que se de algum crédito as expedições ocidentais no Iraque, no Afeganistão e na Somália os combates não cessaram, mesmo seus governos sendo depostos e substituídos a anos, alem disso tais intervenções são usadas por Kadafi para se legitimar perante seu povo como defensor do pais atacado por rebeldes entreguistas, seria trocar um caudilho nacionalista por conquistadores disfarçados de libertadores 

Porém uma saída negociada para tal impasse seria democrático e contemplaria ambas as partes como foi no caso da África do Sul  em relação a queda do Apartheid ao invés de uma invasão como no Afeganistão. Hoje  cabe a um povo decidir seu próprio  destino e uma saída dialogada pode se tornar muito mais benévola do que se impor a democracia de cima para baixo, algo que vale para toda região e não apenas para a Líbia.