Uma das questões polêmicas na negociação dos fiscais com a prefeitura é quanto aos trabalhadores que devem ter direito à gratificação. O Sismuc, por outro lado, defende que todos os fiscais tenham acesso à gratificação, seguindo a isonomia de direitos. Motivos não faltam.
Ocorre que os demais fiscais da prefeitura, como os do meio ambiente, também se deparam com situações de risco. É comum estes servidores realizarem boletins de ocorrência ou assinarem relatórios circunstanciados por desacato ou mesmo agressões logo após uma autuação.
O fiscal do meio ambiente Mauro Scarmocim trabalha fiscalizando o serviço da empresa Cavo, que atua na limpeza de espaços públicos, conforme determina a lei 983/04. Ele conta que os desentendimentos com funcionários da empresa são constantes. “Na última vez um funcionário quis sair mais cedo, sem terminar o serviço. Eu cobrei que ele ficasse até 17 horas. Aí ele começou a me ameaçar de agressão, além de me agredir verbalmente”, conta. Na opinião dele a gratificação deveria ser dada aos demais fiscais também. “A autuação é a mesma, a diferença é que o comércio ambulante atua com pessoas sem documentação”, aponta.