Em uma visita de rotina ao cmun Sítio Cercado, diretores do Sismuc foram surpreendidos com a situação dos trabalhadores. Correntes, cadeados e fios de aço prendiam estetoscópios e o respirador utilizados pelos servidores nas salas de triagem e na emergência. A explicação, segundo relatos dos servidores: a autoridade sanitária Rita Sandra Franz, teria dado a ordem de prender os equipamentos para evitar roubos que estariam ocorrendo na unidade.
O problema é que a prática implica em que os servidores realizem o atendimento com estetoscópios presos a corrente ou cabos de aço. A atitude não está prevista em nenhuma lei ou determinação da prefeitura e pode acarretar problemas como tropeções, doenças no aparelho auditivo ou lesões em nervos, músculos e ossos, pois o servidor deve realizar os exames necessários com uma corrente pendurada ao pescoço. Há também o constrangimento aos pacientes que acessam as salas já taxados de ladrões em potencial, pela própria situação.
Segundo o diretor do Sismuc Juliano Soares, trata-se de uma atitude arbitrária da chefia, que não discutiu o assunto e as medidas a serem tomadas juntamente com os servidores do cmun. O principal problema, em sua opinião, é que há falta de servidores nos locais de trabalho e, portanto, não há pessoal suficiente para assegurar o controle dos equipamentos.
Resposta da SMS
O Sismuc entrou em contato com a secretaria de saúde, pedindo explicações e uma resolução para o problema. A informação obtida junto a Inês Kultchek Marty, chefe de gabinete da secretaria, da conta de que não há nenhuma determinação para que os equipamentos sejam acorrentados ou presos. Os diretores do Sismuc estão acompanhando o caso do cmun Sítio Cercado e aguarda retorno da secretaria.