Medidas neoliberais de Ducci estão em debate na câmara

Duas das mais duras medidas contra o servidores municipais de Curitiba nos últimos anos estão em debate na câmara municipal. A primeira diz respeito a criação de uma Fundação Estatal de Direito Privada para gerir o Hospital do Idoso e a segunda trata da implantação de banco de horas no serviço público municipal. As duas propostas encaminhadas pelo prefeito Luciano Ducci passaram por algumas comissões da câmara e podem ser colocadas em pauta para votação dentro de alguns dias.

Hoje (22), pela manhã, diretores do Sismuc assistiram a reunião das comissões conjuntas da câmara que debatem as duas medidas de cunho neoliberal. A secretária de saúde Eliane Chomatas e a procuradora de recursos humanos da prefeitura Vera Lúcia Sigwalt Bittencourt fizeram a defesa dos projetos diante dos vereadores. Elas deixaram claro que a prefeitura pretende implantar o banco de horas na prefeitura, mesmo sem a busca de negociações com os sindicatos. Quanto à ação direta de inconstitucionalidade, questionando a existência de fundações no serviço público de saúde, esse também não deve ser empecilho, segundo Bittencourt, que garantiu que a administração vai manter a proposta.
Os únicos vereadores a questionarem os projetos de lei durante a reunião foram Professor Josete (PT), Clementino Vieira (PMDB) e Pedro Paulo (PT).
Na avaliação da diretoria do Sismuc os projetos não devem encontrar grandes resistências na câmara. A única alternativa, no momento, é a mobilização dos trabalhadores. Além de atos públicos já realizados e atividades conjuntas, a diretoria orienta a categoria para que continue enviando mensagens aos vereadores e ao prefeito, pedindo a retirada dos projetos de banco de horas e de fundação na saúde. Mensagens no Twitter, Orkut, Facebook, entre outras ferramentas da internet, também são vistas como importantes iniciativas para expor o problema para a sociedade.