PMC testa paciência e guardas voltam às ruas

A lentidão da prefeitura em negociar e implantar o novo plano de carreiras dos guardas municipais está deixando a categoria impaciente. Ontem (11), cerca de 100 guardas participaram de um ato, na Boca Maldita. Foram distribuídos panfletos à população e puderam ser ouvidos apitos e palavras de ordem no local. O objetivo é pressionar a prefeitura a acelerar as negociações.

Logo após, eles seguiram até o Sismuc onde foi realizada uma reunião para encaminhar novas atividades. Duas novas datas para mobilizações foram agendadas. No dia 20 os guardas voltam a se reunir na Boca Maldita, pela manhã. No dia 26 está previsto um aquartelamento, a partir das 18 horas. A categoria também mostra disposição para realizar uma nova greve. A data prevista é para a segunda quinzena de dezembro.  
Diogo Monteiro, secretário de administração do Sismuc, avaliou que o ato foi positivo e acredita que uma nova greve pode acontecer, caso a prefeitura continue sem negociar. Esta foi também a opinião geral dos participantes do ato.
Boa parte do descontentamento se deve ao fato de que a pauta de reivindicações dos guardas, aprovada no segundo semestre do ano passado, continua sem resposta em muitos itens. Além do plano de cargos, há uma série de outras questões que não foram resolvidas ou que estão parcialmente contempladas. Uma delas é a questão salarial. A categoria exigia R$ 1,3 mil de piso, mas teve que se contentar com R$ 850,00.
O que falta no PCCV
 
A prefeitura não agenda reuniões há mais de um mês com os guardas municipais. Conforme acordado em reunião, a prefeitura deveria apresentar os critérios para crescimento na carreira e o estudo do impacto financeiro do novo plano sobre o orçamento. Os representantes da administração cancelaram as reuniões marcadas com o argumento de que necessitam da resposta do prefeito para dar continuidade às negociações.