Após investigação, diretora é repreendida por assédio moral nas avaliações

Constrangimento, assédio moral, autoritarismo, desrespeito. Essas são algumas das palavras que podem ser usadas para o que ocorreu na Escola Municipal Helena Colody, do Pinheirinho. Contrariando o decreto 626/2006, sobre as orientações para avaliação do PPQ da educação, a diretora Izabel Maria de Lima expos cada inspetor a julgamento público.

Nas atas das reuniões realizadas no dia 3 de maio consta um comentário, observando que o servidor em questão deveria melhorar seu auto-controle. “A servidora colocou que está se sentindo menosprezada, mas o conselho de escola coloca que isto é para seu próprio crescimento, foi novamente colocado para a funcionária que esta precisa ter mais autocontrole (sic)”, diz o trecho de uma das atas.
A prática foi comunicada ao Sismuc pelos servidores que, prontamente, buscou informações sobre os fatos. Questionada por diretores do sindicato, Izabel disse não ver nenhum problema nos procedimentos que vinha adotando.
Receando que este tipo de prática pudesse ocorrer em outros locais, uma reunião com a secretaria de educação foi agendada. No encontro ficou claro que a atitude da diretoria da escola era unilateral e não correspondia a nenhuma orientação da secretaria. Um memorando encaminhado pela chefe de núcleo Consuelo Moreira de Sá tratou de repreender o procedimento. Além de exigir que as avaliações sejam restritas ao trabalho das equipes profissionais, o documento também esclarece que “as orientações que se fizerem necessárias para o aperfeiçoamento da rotina individual de trabalho de cada inspetor, deverão ser apontadas pela chefia imediata, no formulário de avaliação individual”.
Mais problemas
Este parece não ser o único problema na relação entre servidores e chefias na escola. Novas denúncias de assédio moral contra inspetores estão sendo averiguadas pelo sindicato.