Quando se fala em saúde pública no Brasil, a primeira coisa que vem à mente são os problemas enfrentados pelos usuários do mal tratado Sistema Único de Saúde (SUS). Por outro lado, com exceção de algumas entidades, quase ninguém cogita sobre a situação dos mais de 2,5 milhões de trabalhadores que atuam na área. Esse parece ser um tema que finalmente está ganhando destaque e a atenção merecida com a instituição do Comitê Nacional de Saúde do Trabalhador do SUS, em novembro do ano passado.
Composto por gestores, prestadores e representantes dos trabalhadores, o comitê finalizou no último dia 19, após uma série de reuniões, uma versão preliminar das Diretrizes da Política Nacional de Promoção da Saúde do Trabalhador do SUS.
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Dentre as orientações propostas nas diretrizes estão a regulamentação da atenção à saúde dos trabalhadores do SUS nos municípios, estados e união; a criação das comissões locais de saúde do trabalhador; o estabelecimento de regras para garantir o “trabalho decente”, conforme conceituação da Organização Internacional do Trabalho (OIT); o atendimento prioritário dos servidores dentro do SUS; e garantias de espaço de negociação permanente entre gestores e trabalhadores.