Finalmente, depois de quase nove meses de enrolação, a prefeitura reconheceu os equívocos cometidos nos procedimentos de avaliação dos servidores do Sistema de Urgência e Emergência (Suec). Ofício recebido hoje (26) pelo Sismuc, com o número 180 e assinado pela superintendente da secretaria de saúde Beatriz Battistella Nadas, decide “dar efeito suspensivo a todos os atos decorrentes dos resultados obtidos no procedimento de avaliação dos servidores lotados no Suec, no período de 01/07/08 a 30/06/09, para todos aqueles que obtiveram notas finais compreendidas entre zero e 6,99”.
Quando os resultados foram divulgados, no final de agosto, o Sismuc orientou os cerca de 40 servidores atingidos para que entrassem com recurso, solicitando uma revisão dos processos. Do total, 17 contestaram os resultados formalmente. Dentre os principais problemas estavam ausência dos representantes dos trabalhadores na pré-avaliação, fichas preenchidas antecipadamente, sem a presença do servidor, e inexistência de reclamações de usuários. A pressão do sindicato e dos trabalhadores fez com que a prefeitura voltasse atrás e garantisse uma auditoria nas avaliações do Suec com a participação de representantes do Sismuc.
A análise de cada processo durou mais de dois meses e contou com a participação de diretores do sindicato (Irene Rodrigues e Suely Souza). Segundo as diretoras, a comissão concluiu que não havia prova documental que justificasse a exclusão dos servidores que obtiveram notas inferiores a 6,99 pontos. Para as novas avaliações o Sismuc pretende acompanhar de perto os procedimentos para evitar qualquer prejuízo aos trabalhadores. Eventuais irregularidades contra servidores devem ser denunciadas ao sindicato.


