26/02/2010 – 16:30
A atitude da prefeitura em manter abertos os armazéns da família com vigilância terceirizada está preocupando servidores e usuários. Sem colete à prova de balas e sozinhos nos estabelecimentos, os vigilantes também são expostos à situação de risco.
No Armazém da Família do Pinheirinho, reaberto ontem com o serviço de vigilância terceirizado, os servidores dizem estar inseguros para realizar os serviços. “A gente fica com um pouco de medo. Aqui já houve assalto no ano passado”, afirma Rafael Pereira, auxiliar administrativo.
A ordem de abertura teria vindo da secretaria municipal de abastecimento. Para Jeferson dos Santos, também auxiliar administrativo, a greve dos guardas deveria ser respeitada. “Acho vergonhoso manter aberto”, diz.
O piso salarial de um vigilante de Curitiba é de R$ 996, mais R$ 12 de auxílio-alimentação, conforme convenção coletiva de trabalho. Já o guarda municipal, com atribuições mais amplas no exercício da função, recebe como piso R$ 710,88. Além da diferença salarial, a diretoria do sindicato vê na medida uma contradição para a prefeitura, que tem afirmado não haver margem no orçamento para garantir um piso maior aos guardas. “Se a prefeitura pode pagar R$ 996 para os vigilantes, porque ela não pode aumentar o salário-base dos guardas”, pergunta Irene.
Imprensa Sismuc