As condições de trabalho nas escolas, CMEIs, CMAES, faróis e anexos foram tema do seminário realizado pelo Sismmac em 17 de maio, sábado. As atividades ocorreram no Hotel Caravelle, no centro de Curitiba e os debates tomaram o dia inteiro.
Pela manhã, o presidente da Apeoesp Carlos Ramiro de Castro falou sobre a realidade da educação no Estado de São Paulo. A Apeoesp é o sindicato que representa os professores da rede pública paulista. A presidente do Sismmac Diana Cristina de Abreu mostrou com gráficos como ocorreu o enxugamento do quadro do magistério que resultam hoje em salas superlotadas.
Integrando a mesa de abertura com representantes de autoridades e sindicalistas, a vereadora professora Josete revelou que quase 1 mil laudos são emitidos em média na rede municipal por motivo emocional. “Não existe no município uma política de atenção integral à saúde dos trabalhadores”, denunciou a professora.
Carlos Ramiro contou que a violência tem ocupado os espaços nas escolas
Há três anos os professores estaduais paulistas não recebem aumento. “O governo tem adotado a política das gratificações, com o pagamento pelo mérito, bem ao gosto neoliberal dos tucanos”, relatou Castro.
A presidente do Sismmac alertou para esta possibilidade no magistério de Curitiba. “Em diversos segmentos dos servidores do município a política meritocrática já existe e opõe trabalhadores contra trabalhadores; semeia a desunião”, disse Diana. Para ela, a adoção de premiações pelo mérito seria um desastre para a Educação. “O trabalho pedagógico é coletivo e quando você joga um contra o outro, mina a possibilidade da construção coletiva, destrói o ambiente de trabalho e gera estresse”, denunciou.
À tarde foram formados dois grupos de debates, que elaboraram propostas que vão nortear a luta sindical por condições adequadas de vida e trabalho.
Fonte: Sismmac