20 de novembro

O “Dia Nacional da Consciência Negra” é uma data para o povo brasileiro lembrar que a luta por uma sociedade igualitária, democrática, unida e livre de preconceitos é necessária para o desenvolvimento da nação.

A cada ano, o dia 20 de novembro se consolida como uma data de grande significado no calendário histórico nacional. A memória de Zumbi dos Palmares reafirma-se entre os heróis que escreveram, com a própria vida, a história do povo brasileiro, na luta por ideais grandiosos, tais como igualdade e justiça social. O Quilombo dos Palmares é um dos principais símbolos da resistência negra na época da escravidão.
Durante cem anos (1595-1695), Palmares constituiu um foco de resistência aos ataques da Coroa, conseguindo também ter uma vida social extremamente organizada, chegando a contar, em 1640, segundo os holandeses, quase dez mil quilombolas. Era de interesse dos grandes proprietários de terra aniquilar Palma-res, para tentar recuperar escravos e para evitar que, tendo Palmares como referência, os escravos tivessem maior motivação para a fuga.
Para Zumbi, o mais importante não era viver livre, mas libertar todos os negros ainda escravos. Em função da sua expressão histórica e da resistência que representa, o dia 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, foi adotado pelo Movimento Negro Brasileiro como o Dia Nacional da Consciência Negra, data que é celebrada em todo o país.
Se prestarmos atenção às pessoas que estão ao nosso redor, veremos que muitas têm avós italianos, pais árabes, origem espanhola, alemã ou portuguesa. Mais claramente, veremos uma grande maioria de crianças ou adultos com traços fisionômicos que evidenciam sua origem negra. O negro é talvez o elemento que mais contribuiu para a formação da cultura brasileira. Nos porões dos navios negreiros, já vin-ham os germes do samba, do frevo, do candomblé, do carnaval, do culto à Iemanjá, do sabor quente e forte de nossa comida, além de crenças e hábitos os quais nos acostumamos tanto, que nem paramos para pensar de onde vêm. Mas hoje, 118 anos depois de outorgada a abolição da escravatura, ainda podemos acompanhar a luta das ONGs com a questão racial para mudar a imagem social do negro no País.
Com informações:

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