Os servidores públicos municipais participaram hoje (29/3) de um ato público em defesa da reposição salarial e de melhores condições de trabalho da categoria.
O protesto, que se iniciou às 9horas da manhã, coincide com a data em que Curitiba comemora seu aniversário de 313 anos.
Os trabalhadores se reuniram em frente ao prédio do Centro de Capacitação, onde está acontecendo às negociações, para dar início a passeata. A manifestação foi realizada imediatamente após uma nova reunião dos sindicatos com representantes da prefeitura, onde não houve avanço nas negociações.
Munidos de faixas, cartazes e apitos, os manifestantes marcharam em direção ao Centro Cívico, para exigir o cumprimento da pauta de reivindicações aprovada em assembléia.
No estacionamento da prefeitura, diretores do Sismmac e Sismuc se revezaram para cobrar reajuste salarial digno, auxílio alimentação, auxílio transporte e melhores condições de trabalho. Tudo para lembrar que ninguém pode desrespeitar os direitos dos trabalhadores sem ficar impune.
Na hora do almoço, os manifestantes se alimentaram com marmitas fornecidas gratuitamente pelos sindicatos, e de sobremesa foi servido marmelada para à população, simbolizando o descaso da administração com as reivindicações dos servidores.
Para os manifestantes presentes, que se viram obrigados a deixar suas atividades de lado para lutar por melhores condições de trabalho e de salários, ficou a certeza do fortalecimento e da união da categoria, para que na assembléia do dia 12 de abril, possam amadurecer sobre uma eventual paralisação.
Negociação
Do lado de dentro do prédio, uma comissão dos dois sindicatos se reuniu a portas fechadas com os secretários administrativos. Os servidores solicitaram a reabertura do item da pauta das perdas salariais, pois o proposto não contempla o acordo firmado com a categoria, em maio de 2005. A proposta da prefeitura contraria a Lei Municipal 8680 em vigor desde 1995, que estabelece março como o mês de reajuste salarial da categoria. O secretário Arnaldo Bertone foi taxativo ao afirmar que não existia nenhuma possibilidade de nova negociação.
Outra demonstração de desrespeito foi quando uma servidora questionou a carta enviada em junho de 2005, afirmando que seria cumprida a data base de 31 de março. O secretário respondeu em alto e bom som “Nós escrevemos o que a gente quiser”.
A partir de agora, cabe a nós servidores lutarmos para que a prefeitura respeite e valorize o nosso trabalho. Queremos mostrar que o servidor não aceita ser enganado, luta, resiste e não desiste de buscar o que lhe é de direito como cidadão trabalhador.