Nesta segunda-feira (21) o SISMUC e o SISMMAC participaram da última reunião do Comitê de Volta às Aulas. A reunião aconteceu apenas porque os Sindicatos cobraram a Prefeitura depois do anúncio surpresa que aconteceu na última sexta-feira (18), em que Greca anunciou o protocolo de retorno das aulas que não foi validado e nem mesmo conhecido em sua versão final pelo comitê.
Na reunião, que durou apenas uma hora, a Superintendente de Gestão Educacional mostrou o caráter intransigente da gestão Greca logo no início e afirmou que o protocolo não deveria ser aprovado pelo Comitê, e que este só servia para dar “sugestões”. A gestão também afirmou que não precisaria ter criado o Comitê e que poderia ter criado o documento sozinha – que foi praticamente o que aconteceu. Os representantes da administração tratam o debate com os trabalhadores como um favor e não como uma necessidade, como deveria ser.
Além disso, os representantes da administração apenas apresentaram a versão final do protocolo de forma rápida e sem nenhum debate. Os integrantes do Comitê sequer receberam o protocolo de forma oficial. Para a Prefeitura, o desprefeito Rafael Greca e a Secretária Municipal de Educação (SME) podem passar por cima de qualquer sugestão e discordância que exista sobre o retorno presencial, mesmo que elas sejam embasadas em outros protocolos e estudos.
O objetivo da gestão Greca nunca foi dialogar e sim usar dos protocolos de retorno das aulas para fazer propaganda fingindo ser uma gestão que se importa com a comunidade. Por isso, o SISMUC e o SISMMAC rejeitam o protocolo de retorno da aulas e não autorizam a divulgação do documento com o nome dos Sindicatos ou dos diretores que participaram das reuniões do Comitê. Afinal de contas, não concordamos de nenhuma forma com um retorno presencial que coloca em risco a vida dos trabalhadores e da comunidade. Retorno seguro somente com a vacina!
A forma como a gestão leva as reuniões e muda o discurso para suas próprias necessidades só reafirma o que já sabemos desde 2017: não existe debate com a gestão Greca e com seus pupilos! Por isso, em 2021, o SISMMAC e o SISMUC apontam uma assembleia para deliberar sobre o indicativo de greve logo no início de fevereiro.
Mesmo com a falta de debates, continuamos firmes na cobrança!
Mesmo com a falta de debate, os Sindicatos cobraram a administração em todas as reuniões sobre a insuficiência das medidas que vinham sendo debatidas e que foram ignoradas pela gestão.
Entre elas está a necessidade da vacina e da testagem para o retorno presencial, afinal de contas, o mundo de faz de conta da administração não leva em consideração a sobrecarga de trabalho dos servidores, a lotação das salas de aula, a dificuldade de higienização, o contato entre alunos e familiares e as necessidades dos alunos. Isso por si só já impede que o retorno aconteça de forma segura enquanto não houver vacinação em massa.
A gestão também tentou tirar o corpo fora e colocou um termo de consentimento que jamais foi debatido e que transfere as responsabilidades da mantenedora sobre a segurança dos alunos totalmente para as famílias.Além disso, a gestão e diversos participantes foram contra as determinações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e contra o próprio estatuto do idoso e se recusaram a tratar como grupo de risco os servidores de 60 à 65 anos.
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba
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