A Prefeitura tem propagandeado os 55 mil testes comprados para testar os servidores municipais, além de pacientes com sintomas respiratórios leves associados a fatores de risco e também casos moderados. Em resposta à pressão do SISMUC e do SISMMAC, a gestão ainda garantiu que tem testado pelo menos os servidores da saúde, de acordo com documento enviado ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
Só que no próprio documento enviado ao MPT, os números apresentados mostram que a quantidade de testes aplicada é muito abaixo da quantidade anunciada: até o dia 8 de junho apenas 1.093 servidores da SMS foram testados. Esse número não chega a 2% do total de testes anunciado pela gestão. Enquanto isso, chegam várias denúncias de servidores de que não foram testados, mesmo tendo contato com colegas infectados. É importante ressaltar que 57% dos testes feitos são do tipo rápido (IgM e IgG), que de acordo com a Anvisa não tem função de diagnóstico.
Entre os trabalhadores da Fundação de Ação Social (FAS) já são pelo menos oito infectados, e mesmo tendo alguém com diagnóstico positivo para Covid-19 na unidade, os trabalhadores da FAS não têm sido testados. Desde a reabertura dos CRAS a Prefeitura ainda não disponibilizou os EPIs adequados para os trabalhadores.
Já entre os trabalhadores da educação, são pelo menos 16 casos confirmados de Covid-19 afastados pela Perícia Médica: dois professores de educação infantil e 14 do magistério. Isso mostra a importância de suspender a correção das atividades escolares e de garantir que escolas e CMEIs passem a abrir apenas uma vez por mês para fazer a entrega dos kits de alimentação e das atividades complementares.
E, embora os testes para os servidores da saúde tenha sido uma conquista – já que são os que mais têm sido expostos – ainda falta muito para nos sentirmos realmente seguros. Os testes devem ser aplicados para todos os servidores que estão trabalhando na linha de frente, já que estes além de infectar a sua própria família, podem ser vetores de transmissão da doença junto à comunidade. Além disso, a aplicação dos testes deve ter uma constância, como nos mostram os exemplos de outros países onde a realização de testes em larga escala se mostrou uma medida importante no controle da doença.
Está mais do que na hora do desgoverno Greca olhar de maneira mais séria para a realidade! O desprefeito teve a cara de pau de responder o MPT e os Sindicatos com propagandas do seu próprio site, quando na verdade, o contato cotidiano com os trabalhadores nos mostra justamente o contrário do que a Prefeitura diz. De nada adianta fazer propaganda de testes, se não são realizados ou se sua utilização não está alinhada a uma estratégia de testagem em larga escala como forma de controlar a propagação da doença. Também não adianta falar de um achatamento da curva quando os leitos de UTI estão cada vez mais sobrecarregados. O número de casos só aumenta e a nossa exigência é pela manutenção da vida e da saúde dos trabalhadores!
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba
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