O anúncio do prefeito Luciano Ducci e do presidente da Urbs Marcos Isfer, no final do ano passado, admitindo o aumento da passagem de ônibus coletivo em Curitiba de R$ 2,20 para R$ 2,50, está gerando uma série de protestos. Estudantes e trabalhadores, organizados por mais de 41 entidades ligadas aos movimentos populares, realizam amanhã, (22), o terceiro ato “Contra o Tarifaço”. A mobilização, desta vez, ocorre na câmara municipal, às 14h30, com a intenção de pressionar os vereadores a votarem contra a medida.
O aumento da passagem corresponde a quase 14%, bem acima dos 6% de inflação, registrado ano passado pelo INPC. Um trabalhador que gaste duas passagens por dia, para ir voltar do trabalho, paga R$ 88,00 por mês. Com o reajuste, passará a gastar R$ 100,00.
De acordo com um levantamento do Dieese, com o novo valor atual da passagem o o reajuste acumulado chega a 525% entre 1994 e 2011, o que representa mais do que o dobro do índice de inflação no período, segundo o INPC, que somou 246%.
Para Gustavo Oliveira, militante do Movimento pelo Passe Livre, o transporte público deveria ser gratuito, assim como qualquer outro serviço. “É uma necessidade básica, um direito do cidadão”, sustenta. Um dos grandes problemas atuais, segundo ele, é a falta de paridade e de espaço para um debate público e controle social no conselho municipal de transporte. Do total de nove vagas, apenas uma é destinada aos usuários e uma outra aos empregados que trabalham no setor. As demais são indicadas pelas empresas, legislativo, Urbs, Ippuc, prefeitura e Diretran.
Para saber mais, acesse www.contraotarifaco.libertar.org